segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Quem matou o Padre Senador José Bento?

Após seus deveres de chefe espiritual e político de Pouso Alegre, o Padre e Senador do Império, José Bento Ferreira de Melo, às 16h30 do dia 8 de fevereiro de 1844, apeia de seu cavalo e vai fazer um lanche rápido na casa de sua comadre Maria Bárbara do Sacramento Vilhena.

Na saída, quinze minutos depois, MariaBárbara repete para o Senador: "Cuidado que eu ouvi um zum-zum que estão preparando uma tocaia", no que responde José Bento: "Isto é boato. Quem poderá atentar contra um Senador do Império?" E segue em seu cavalo, rumo à fazenda para acompanhar a colheita do milho e ver seu gado leiteiro.

Naqueles tempos, a demarcação de terras nas propriedades rurais, provocava grande acirramento. Dizia-se que, por problemas de vizinhança, contratara-se um pistoleiro para dar cabo à vida do Senador José Bento.

Mas ele, destemido, senhor do poder e dos sonhos, seguiu no belo alazão rumo a sua propriedade rural.

Às 17 horas, logo após a rua das Taipas (hoje alto da Comendador José Garcia), nocaminho da Faisqueira, exatamente em meio do estreito caminho que unia estes dois pontos de Pouso Alegre - atualmente rua Pedro Caldas Rebello, logo após a subida da Volks - de tocaia surge a figura hedionda do pistoleiro Dionísio Tavates da Silva que, com dois de garrucha, implacavelmente assassina o grande Senador do Império, retirando Pouso Alegre, durante 70 anos, do contexto político nacional.

Dionísio, o pistoleiro contratado, descoberto criminoso um ano depois, recebeu a pena de 30 anos de prisão.

Já em liberdade, quarenta anos depois, Dionísio velo visitar Pouso Alegre e se tornou, então, pessoalmente conhecido por toda a população, após ter sido preso, condenado e cumprido pena em Barbacena.

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